Combustíveis podem disparar: Bruxelas pressiona Portugal a cortar desconto

A fatura dos combustíveis pode vir a mudar nos próximos meses. Uma decisão que envolve Portugal e Bruxelas poderá ter impacto direto no bolso dos condutores.
O que está em causa?
Desde 2022, o preço dos combustíveis em Portugal tem sido aliviado por uma redução no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Esta medida retirou 13,2 cêntimos por litro na gasolina e 11,7 cêntimos no gasóleo, ajudando a conter o impacto da escalada de preços.
Agora, a Comissão Europeia pede o fim deste desconto, o que faria regressar de imediato os valores anteriormente cobrados. Além disso, a atualização teria ainda o efeito acrescido da aplicação do IVA sobre o preço final.
Quanto podem subir os preços?
Se a recomendação de Bruxelas for aplicada, o impacto será imediato nos postos de abastecimento. As projeções apontam para uma subida de quase 10% nos preços atuais.
- O litro da gasolina poderá atingir cerca de 1,880 €/l, o que representa um aumento de 9,5%.
- O litro do gasóleo poderá fixar-se em torno dos 1,710 €/l, mais 9,2% do que hoje.
Na prática, isto significa que um depósito de 50 litros poderá custar mais 8 euros do que atualmente, aproximando o total a 94 € num carro a gasolina e a 85 € num carro a gasóleo.
O que falta decidir sobre o desconto no ISP
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) alerta que a eliminação do desconto no ISP terá um impacto imediato, refletindo-se diretamente no preço pago pelos consumidores nos postos de abastecimento.
A decisão final, no entanto, cabe ao Governo português, que terá de avaliar se segue ou não a recomendação de Bruxelas. Caso a medida avance sem alterações, os condutores podem enfrentar já nos próximos meses um regresso a preços mais elevados na gasolina e no gasóleo.
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