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Carro híbrido ou elétrico: qual é mais barato de manter?

Carro híbrido ou elétrico: qual é mais barato de manter?

A escolha entre um carro híbrido e um carro 100% elétrico já não passa apenas pela autonomia ou pelo preço de compra. Cada vez mais condutores querem saber qual destas opções garante custos de manutenção mais baixos ao longo do tempo. Afinal, os híbridos ainda dependem de um motor a combustão, enquanto os elétricos eliminam vários componentes mecânicos tradicionais, como óleo, correias ou velas de ignição.

Neste artigo analisamos, com base em dados de fabricantes, associações automóveis e estudos de mercado, qual destas opções é mais barata de manter, que despesas típicas deve esperar em cada caso e em que situações um híbrido pode compensar mais do que um elétrico.

Custos de manutenção num carro elétrico

Os veículos 100% elétricos destacam-se pela sua simplicidade mecânica. O motor elétrico tem muito menos peças móveis do que um motor de combustão, o que significa menos componentes sujeitos a desgaste. Elementos como óleo do motor, filtros, correias, velas de ignição ou sistema de escape simplesmente não existem nos elétricos, eliminando vários custos tradicionais de manutenção.

Outro fator que contribui para reduzir despesas é a travagem regenerativa, que utiliza o motor elétrico para desacelerar o carro e recuperar energia. Isso diminui significativamente o desgaste de travões, permitindo que pastilhas e discos durem muito mais tempo do que num carro convencional.

De acordo com o Automóvel Club de Portugal (ACP), a revisão anual de um carro elétrico pode custar entre 50 € e 70 €.

Custos típicos de manutenção num carro híbrido

Ao contrário dos elétricos, os carros híbridos ainda dependem de um motor a combustão. Isso significa que continuam a necessitar de manutenções tradicionais, como mudanças de óleo, filtros, velas de ignição e correias, além da manutenção dos travões e pneus. Ou seja, enquanto um elétrico elimina muitos destes custos, o híbrido mantém-nos - embora em menor escala, já que o motor a combustão é usado com menor intensidade.

Os híbridos também beneficiam da travagem regenerativa, tal como os elétricos, o que ajuda a prolongar a vida útil dos travões. Além disso, em condução citadina, o motor elétrico assume grande parte do trabalho, reduzindo o desgaste do motor a combustão e, por consequência, o número de intervenções.

Uso diário faz a diferença nos custos

O perfil de utilização é um dos fatores que mais pesa na escolha entre um carro híbrido e um elétrico.

  • Nos elétricos, a vantagem é clara em percursos urbanos e no dia a dia: os custos de manutenção são mínimos e o carregamento pode ser feito em casa ou no trabalho, com grande poupança a médio prazo.
  • Já nos híbridos, o equilíbrio surge em trajetos mistos ou longos. Como contam com motor a combustão, oferecem maior autonomia e flexibilidade em viagens sem depender da rede de carregamento. Nestes cenários, ainda assim, têm custos de manutenção mais elevados do que os elétricos, mas menores que os de um carro exclusivamente a gasolina ou gasóleo.

Assim, quem faz muitos quilómetros em cidade tende a poupar mais com um elétrico, enquanto quem precisa de maior autonomia em estrada pode encontrar no híbrido uma solução mais prática, ainda que menos barata de manter.

Quando um híbrido pode ser a melhor escolha

Embora os carros elétricos tenham custos de manutenção mais baixos, os híbridos podem ser a opção mais sensata em determinados contextos.

  • Infraestrutura de carregamento limitada - em regiões onde a rede de carregadores públicos ainda é escassa, um híbrido assegura maior tranquilidade, já que pode recorrer ao motor a combustão sempre que necessário.
  • Autonomia em viagens longas - para quem faz regularmente percursos de centenas de quilómetros, os híbridos oferecem flexibilidade, evitando paragens frequentes para carregamento.
  • Benefícios fiscais em Portugal - os híbridos plug-in continuam a beneficiar de reduções no ISV (Imposto Sobre Veículos) e em algumas situações também em IUC, o que ajuda a equilibrar o custo total de utilização.

Ou seja, mesmo que a manutenção de um híbrido seja mais cara do que a de um elétrico, há cenários em que esta tecnologia ainda faz sentido - sobretudo para quem precisa de autonomia sem depender totalmente da rede de carregamento.

Ler também: Carro com IVA dedutível: o que significa e quando compensa?

Miguel Braga
Miguel Braga
Miguel Braga integra a equipa editorial da Auto.pt, é licenciado em Comunicação Empresarial e sempre manteve uma forte ligação ao mundo automóvel, uma das suas áreas de eleição.

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