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Quando e como mudar a correia de distribuição? Guia completo

Quando e como mudar a correia de distribuição? Guia completo

A correia de distribuição é um dos componentes mais importantes do motor e, ao mesmo tempo, um dos mais esquecidos pelos condutores. O problema é que ignorar a sua manutenção pode levar a avarias graves e a reparações muito dispendiosas. Neste artigo explicamos o que é a correia de distribuição, como funciona, quando deve ser substituída, os sinais de desgaste a que deve estar atento e quanto custa este serviço.

  1. O que é a correia de distribuição?
  2. Como funciona a correia de distribuição e qual a sua importância?
  3. Quando deve ser mudada a correia de distribuição?
  4. Quais são os sinais de que está na altura de trocar a correia?
  5. Como mudar a correia de distribuição?
  6. Quanto custa mudar a correia de distribuição?

O que é a correia de distribuição?

A correia de distribuição é a peça que garante a sincronização entre pistões, válvulas e, em muitos modelos, também a bomba de água. Fabricada em borracha reforçada, é responsável por coordenar os movimentos do motor de forma precisa, silenciosa e eficiente.
Além da correia, o sistema inclui ainda o tensor, que mantém a tensão correta e a bomba de água, que ajuda a controlar a temperatura do motor.

Como funciona a correia de distribuição e qual a sua importância?

O funcionamento é relativamente simples: a correia conecta a cambota ao comando das válvulas, sincronizando os ciclos de admissão e escape do motor. Sem ela, pistões e válvulas colidiriam, provocando danos irreversíveis.
A sua importância é vital: se a correia falhar, o motor deixa de funcionar e pode sofrer danos permanentes. É, por isso, um dos elementos de manutenção mais críticos de qualquer automóvel.

Quando deve ser mudada a correia de distribuição?

De forma geral, a correia de distribuição deve ser substituída a cada 100.000 a 120.000 km, ou de 5 em 5 anos caso o carro não percorra grandes distâncias.
No entanto, as recomendações variam de acordo com o fabricante e o modelo, por isso é essencial verificar sempre o manual do proprietário.

Em ambientes de condução urbana intensa, pode ser necessário antecipar a substituição, já que a correia trabalha mesmo quando o carro está parado em semáforos ou filas de trânsito.

Ler também: Vai à inspeção? Veja como preparar o seu carro para passar na Inspeção sem surpresas

Quais são os sinais de que está na altura de trocar a correia?

Existem vários indícios que podem revelar desgaste ou mau funcionamento:

  • Fissuras e desgaste visível na superfície da correia.
  • Ruídos anormais vindos do motor.
  • Fugas de óleo que atingem a correia.
  • Vibrações incomuns no funcionamento do motor.
  • Dificuldade em arrancar ou falhas de ignição.
  • Correia com brilho excessivo ou desalinhada, sinal de tensão incorreta.

Ao detetar algum destes sintomas, o melhor é não adiar: uma correia prestes a partir-se pode danificar o motor por completo.

Como mudar a correia de distribuição?

Embora pareça simples na teoria, a substituição da correia de distribuição é um processo complexo e delicado, que envolve desmontagem de várias partes do motor e sincronização perfeita de todos os componentes.

Este serviço deve ser feito apenas por profissionais qualificados, com ferramentas específicas. Tentar trocar a correia em casa pode resultar em erros de montagem e danos graves no motor.

Quanto custa mudar a correia de distribuição?

O preço depende do modelo e da oficina, mas em média:

  • Kit de correia de distribuição: entre 20 € e 80 €.
  • Mão de obra especializada: entre 300 € e 500 € (podendo chegar a 1.000 € em alguns modelos).

Em caso de rutura, os custos disparam: a reparação de um motor danificado pode ultrapassar os 2.000 €. Por isso, mudar a correia dentro do prazo é sempre um investimento que compensa.

Os valores apresentados são apenas uma estimativa e podem variar bastante consoante vários fatores, incluindo a cilindrada e o tipo de automóvel.


Saber quando e como mudar a correia de distribuição é essencial para evitar surpresas desagradáveis. Esta peça discreta é o “coração” do motor e deve ser tratada como tal.

Respeitar os prazos de substituição, estar atento aos sinais de desgaste e confiar apenas em oficinas especializadas são os passos certos para prolongar a vida útil do automóvel e conduzir em segurança.

Ler também: Ar condicionado do carro não arrefece? Veja o que pode estar errado e como resolver

Miguel Braga
Miguel Braga
Miguel Braga integra a equipa editorial da Auto.pt, é licenciado em Comunicação Empresarial e sempre manteve uma forte ligação ao mundo automóvel, uma das suas áreas de eleição.

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